Pelo quinto mês consecutivo, o indicador de confiança dos consumidores portugueses voltou a cair em Março, contrariando o sentimento dominante na Zona Euro, onde o “moral” das famílias parece estar a restabelecer-se.
Segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de confiança dos consumidore recuou de – 34,3 em Fevereiro para – 35,4 em Março. Todas as sub-componente do indicador sofreram recuos, à excepção da que mede o pulso às expectativas em torno do comportamento do mercado de trabalho.
Os portugueses estão mais pessimistas quanto à evolução das suas finanças familiares e em relação ao andamento nos próximos doze meses da situação económica do país. Estão também mais apreensivos quanto à sua capacidade de poupar.
A única nota positiva vai para o mercado de trabalho, com as famílias anteciparem uma travagem do desemprego. "O indicador de confiança dos consumidores tem vindo a diminuir desde Novembro, invertendo o forte movimento ascendente iniciado após o mínimo histórico da série registado em Março de 2009", escreve o INE.
Numa nota enviada às redacções, o Instituto destaca o facto de as expectativas sobre a evolução da situação económica do país terem diminuído "significativamente nos últimos quatro meses, apresentando o contributo negativo mais intenso para o andamento do indicador de confiança e interrompendo a subida acentuada anterior".
Já os restantes indicadores de confiança sectoriais – indústria, serviços e comércio – registaram uma evolução menos desfavorável em Março. Apesar de ainda se escreverem todos com sinal negativo, indiciam que o pessimismo entre o agentes económicos destes sectores está a desvanecer-se, em particular na industria transformadora. A excepção foi o sector da construção e obras públicas, onde a confiança permanece em queda também há cinco meses.
O indicador de clima económico, que sintetiza a evolução dos inquéritos mensais aos empresários dos sectores dos serviços, indústria, comércio e construção, melhorou, passando de -0,8 em Fevereiro para -0,5 em Março. Trata-se da primeira melhoria em três meses.
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