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04/02/2010

Trabalhadores da autarquia vimaranense protestam

Mais de 300 trabalhadores da autarquia vimaranense estão há mais de cinco anos sem aumentos salariais nem progressão na carreira. Ontem, quarta-feira, manifestaram-se em frente à Câmara Municipal e ponderam recorrer à greve.

Mais de uma centena de funcionários da câmara de Guimarães manifestaram-se ontem, em frente aos Paços do Concelho, contra a contenção salarial por parte daquela autarquia. A câmara emprega mil e quinhentos funcionários.

"Mais de trezentos trabalhadores, há mais de cinco anos que não progridem na carreira, sobretudo os que desempenham as funções pior remuneradas", disse ao JN José Augusto Araújo, o vereador responsável pelo pelouro dos Recursos Humanos. "Não há nenhuma ilegalidade, a câmara apenas está a cumprir a lei", referiu.

Os funcionários decidiram organizar a concentração depois de uma reunião com dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (STAP). "Na câmara de Guimarães há emprego mas apenas para os desempregados políticos e assessores de toda a ordem que ganham muito mais que qualquer vulgar trabalhador", salientou Manuel Mendes, do STAP.

Em reunião com José Augusto Araújo, uma delegação de funcionários da autarquia pediu ao vereador particular atenção para com os funcionários que recebem os salários mais baixos. "Estamos preocupados e, havendo capacidade financeira, a nossa prioridade é melhorar as condições dos trabalhadores com os mais baixos salários e há mais tempo sem qualquer promoção", disse o responsável pelos Recursos Humanos.

Para isso, José Augusto Araújo refere que a autarquia terá que recorrer à "opção do serviço que, excepcionalmente, pode promover funcionários".

Os funcionários não gostaram de saber que a autarquia não vai atribuir, este ano, o prémio de desempenho nem fazer a opção gestionária que permitiria aumentar os salários. "É uma injustiça os trabalhadores ficarem mais cinco anos há espera de progredir na carreira e melhorar os seus miseráveis salários", salientou Manuel Mendes. De acordo com o dirigente sindical, os funcionários da câmara de Guimarães ponderam recorrer à greve "como forma de atingir os seus objectivos".

http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Braga&Concelho=Guimar%E3es&Option=Interior&content_id=1485935

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