A baixa lisboeta vai ser hoje palco de uma manifestação com hora marcada para as 15:00. Os trabalhadores vão desfilar até ao Ministério das Finanças para protestarem contra o congelamento salarial.
Ana Avoila, da Frente Comum, afirma em declarações à TSF que são esperados milhares de trabalhadores neste protesto e que o congelametno dos salários veio mobilizar ainda mais os funcionários públicos.
«A indignação com a proposta do Governo foi muito grande, as pessoas não se conformam com o que se está a passar», refere a dirigente sindical.
Esta manifestação está a ser preparada há um mês, mas nos últimos dias ganharam ritmo os retoques finais, com a preparação das bandeiras, cartazes e outros acessórios.
O sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Ilhas diz que uma manifestação deste tipo custa largas centenas de euros.
Deste sindicato, esperam-se 30 autocarros e a expectativa é de uma «manifestação grandiosa», que os vai levar dos Restauradores ao Terreiro do Paço. Recomenda-se aos condutores que evitem esta zona da cidade a partir das 15:00.
Sem quererem avançar com estimativas, os organizadores do protesto prevêem uma elevada participação de trabalhadores de todo o país e sectores, sobretudo depois de ter sido apresentada a proposta de Orçamento do Estado (OE), que prevê aumento zero para os trabalhadores da Administração Pública.
A Frente Comum (CGTP) convocou a manifestação nacional no início de Janeiro, muito antes de o Governo divulgar a sua intenção de congelar os salários.
Nessa altura a estrutura sindical, que reivindica aumentos salariais de 4,5 por cento e um aumento mínimo de 50 euros por trabalhador, considerou haver motivos para protestar contra a precariedade, por aumentos salariais dignos e pela suspensão do Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho da Função Pública (SIADAP).
O congelamento salarial e a antecipação da convergência da penalização pela antecipação da reforma com o regime geral, previsto no OE, tornaram-se motivos acrescidos para a manifestação.
A coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila considerou que o anúncio do congelamento salarial e do agravamento das penalizações para as aposentações antecipadas veio mobilizar ainda mais os trabalhadores para participarem na manifestação.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1487348
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