Greve
Na Refer e na CP, os trabalhadores vão cumprir uma greve no dia 21 de Janeiro, em defesa dos acordos de empresa, dos regulamentos de carreiras e de problemas que se têm arrastado sem resposta, anunciou, dia 17, o SNTSF/CGTP-IN. É reivindicada a passagem a efectivos de todos os trabalhadores contratados a termo ou que venham a entrar nas empresas; o pagamento da acumulação das funções de motorista a todos os que tenham de conduzir viaturas; o pagamento das deslocações aos especialistas ferroviários, como consta do AE; o direito a um repouso mínimo de 12 horas para quem trabalha em escalas de serviço; o reconhecimento das uniões de facto; regularização de situações de trabalho por turnos, erradamente classificado como trabalho normal; e a aplicação das normas do AE respeitantes às entradas de serviço depois da folga, entre outras reivindicações.
Em greve continuam, até dia 31, os trabalhadores de manobras na Martigança e no Louriçal. Os operadores exigem melhores condições de segurança.
Coima
A EMEF foi multada pela Autoridade para as Condições de Trabalho em 12 mil euros e instada a determinar o pagamento das importâncias devidas aos trabalhadores (1969 euros), e à Segurança Social (786,89 euros). Em causa estava o direito ao tempo para os trabalhadores poderem ir receber os salários, mas que era desrespeitado pela administração.
Salários
As propostas de revisão salarial para 2010 foram entregues às respectivas administrações pelo SNTSF/CGTP-IN. Nas empresas CP, EMEF, REFER, S2M e Metro de Mirandela, o sindicato propôs aumentos de três por cento na tabela e nas cláusulas de expressão pecuniária, garantindo um acréscimo mínimo salarial de 35 euros por trabalhador. Na Soflusa, a proposta está a ser elaborada em conjunto com o SIMAMEVIP e com o Sindicato dos Fluviais. Na Fertagus, não está a ser respeitado o direito à contratação colectiva.
PGA
Uma greve de três dias será cumprida pelos pilotos da Portugália se não for readmitido um piloto que está a ser vítima de retaliações por ter participado em greves anteriores, informou, dia 17 , o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, SPAC. A administração terá cessado o contrato a termo daquele piloto, com efeitos a partir da véspera da data em que passaria ao quadro. O trabalhador aderiu à greve de 16 dias, este ano, pelo direito à negociação de um Acordo de Empresa. Os 150 pilotos que garantem os voos dos 16 aviões da PGA e o sindicato exigem a readmissão daquele trabalhador em regime de efectividade.
Carris
O desmantelamento de quiosques de apoio aos trabalhadores da Carris, em Lisboa, está a degradar as condições de vida e de trabalho daqueles funcionários, alertou o Sindicato dos trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal, STRUP/CTP-IN. Num comunicado emitido para informar sobre a remoção do quiosque situado na Estrela, o sindicato revelou que a Carris tem feito proliferar locais de rendição de turnos sem condições, sem espaço para refeições, qualquer resguardo de intempéries ou instalações sanitárias. O alerta foi feito pelo sindicato numa tribuna pública que efectuou naquele local e onde foi revelado que aquele encerramento vai prejudicar mais de cem trabalhadores directos. Há, em Lisboa, «26 locais sem quaisquer instalações sanitárias e, onde estas existem, não são exclusivas para os trabalhadores», informou o STRUP.
Chiado
Na Brasileira, o famoso café no centro da capital, os trabalhadores cumpriram uma greve, na manhã de dia 18, que registou total adesão. Segundo o Sindicato na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul, «estes trabalhadores laboram num clima de grande instabilidade, resultante de repressão patronal e do não cumprimento dos seus direitos».
Califa
Pagos os salários de Novembro, as cerca de 250 trabalhadoras da Califa, em São João da Madeira, deram por terminada, às 14 horas de segunda-feira, a greve que tinham iniciado às oito horas. As operárias pararam porque não foi respeitado o compromisso de pagamento na sexta-feira. O Sindicato Têxtil de Aveiro, da CGTP-IN, revelou ainda que, caso o subsídio de Natal não seja pago até ao fim do dia 28, ocorrerá nova paralisação.
Desempregados
No Porto, o Movimento dos Trabalhadores Desempregados decidiu realizar no dia 16, quarta-feira, uma concentração, na Rua 31 de Janeiro, para protestar contra a falta de medidas efectivas de combate ao desemprego. Entretanto, aos trabalhadores sem emprego são exigidos procedimentos que o MTD insiste em combater, como as apresentações quinzenais nas juntas de freguesia e nos centros de emprego. Paulo Macieira, desempregado e dirigente do MTD, disse à agência Lusa que não faz sentido os desempregados «andarem à procura de carimbos, a provar que estão à procura de emprego que não existe», e comparou o dever de «apresentação quinzenal» a um qualquer preceito do Código Penal.
Setúbal
A precariedade no distrito de Setúbal é especialmente grave em algumas empresas, que a estrutura distrital da CGTP-IN indicou, sexta-feira, ao governador civil. A União dos Sindicatos de Setúbal entregou a Macaísta Malheiros um «Manual de Prevenção Laboral», desafiando-o a reeditar com o emprego precário a iniciativa que promoveu para recensear os locais de trabalho com mais acidentes de trabalho. Citado pelo jornal online Setúbal na Rede, Luís Leitão, da USS referiu a ATF (nova fábrica da Portucel), a Lisnave, a Plantifield (na Schnellecke) e a SN Seixal, de entre um universo de 25 empresas, com quase 1500 trabalhadores, dos quais 1039 estão com vínculos precários. O problema será tratado pela União com a Inspecção do Trabalho, numa reunião agendada para 8 de Janeiro.
http://www.avante.pt/breves.asp?area=4
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
25/12/2009
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