A União de Sindicatos de Braga denunciou a crise em que milhares de desempregados e reformados vão passar o Natal no distrito bracarense e pede, como prenda, que nenhum trabalhador ganhe menos que o salário mínimo.
"A situação económica e social vivida no distrito de Braga é grave e preocupante", refere Adão Mendes, o coordenador da União de Sindicatos de Braga (USB) na mensagem de Natal e Ano Novo ontem divulgada. Em 2009, os números recolhidos pela USB acentuam "a destruição do tecido produtivo".
No balanço natalício, juntamente com uma mensagem de esperança, os sindicalistas denunciam a "aplicação ilegal do lay-off, os despedimentos colectivos sob a capa de mútuo acordo, as insulvências e falências fraudulentas" e a imposição de horários de trabalho de 60 a 70 horas semanais sem o pagamento de horas extraordinárias.
Para 2010, a União de Sindicatos de Braga defende quatro áreas fundamentais para o desenvolvimento da indústria bracarense.
"Preservar o emprego e apoiar o desenvolvimento das actividades produtivas, reforçar a protecção social, proteger e assegurar os direitos dos trabalhadores e reorientar as politicas económicas, tornando o sistema fiscal mais equitativo e promover uma mais justa distribuição do rendimento", salienta a Mensagem de Natal e Ano Novo.
No ano em que a central sindical CGTP-IN comemora 40 anos, a União de Sindicatos de Braga pede uma prenda para os trabalhadores: que ninguém receba um salário inferior a 4475 euros, o valor do Salário Mínimo Nacional que, em 2011, esse valor suba para 500 euros.
J.N. - 24.12.09
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