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03/11/2009

Despedimento na Dephi deixa no desemprego mais 22 trabalhadores de limpeza

O despedimento de 500 operários da Delphi da Guarda coloca em risco 22 postos de trabalho em empresas de limpeza e alimentação que prestam serviço na unidade fabril multinacional, anunciou esta terça-feira a União dos Sindicatos da Guarda (USG).

A empresa da Guarda, que fabrica cablagens para o sector automóvel e emprega 950 trabalhadores, anunciou na semana passada que vai despedir 500 operários entre o final do ano e o primeiro trimestre de 2010.

Segundo Honorato Robalo, coordenador da USG as consequências dos despedimentos "não se circunscrevem apenas a esses 500 trabalhadores" mas também colocam em causa 22 trabalhadores de empresas de limpeza (10) e de alimentação (12), que estão subcontratadas pela Delphi.

Para além destes dois sectores, o responsável referiu à Lusa que a redução da actividade da fábrica também atingirá profissionais "da própria higiene e segurança no trabalho, enfermeiros e outros profissionais de saúde que também intervêm na medicina no trabalho".

O sindicalista também vaticina que o despedimento colectivo afectará "um tecido que emergiu à volta da fábrica, que é o pequeno comércio e a restauração, que terá repercussões notórias, nomeadamente na restauração".

Por outro lado, aponta que os efeitos negativos atingirão empresas de transportes de mercadorias e de manutenção industrial que prestam apoio à multinacional.

"Se a actividade produtiva desaparecer, essas empresas, naturalmente, também desaparecem", alertou o dirigente da USG.

O sindicalista desafia políticos, autarcas e associações de empresários e de comerciantes locais a realizaram um "levantamento exaustivo" para apurar as verdadeiras "consequências sociais" dos despedimentos da fábrica multinacional.

A Delphi, que já chegou a ter cerca de três mil operários, é a maior unidade empregadora da cidade da Guarda, estando sediada na Guarda-Gare, nas instalações da antiga Fábrica Renault, junto da estação da CP.

A administração da multinacional justifica os despedimentos com a crise mundial que atingiu o sector automóvel que originou "redução da actividade" fabril no segmento das cablagens.
SIC - 03.11.09

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