São quase 500 mil (495,8 mil) os desempregados oficialmente registados no primeiro trimestre do ano, equivalente a uma taxa de desemprego de 8,9 por cento, indicou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O número de desempregados em Portugal deu um salto de 13,3 por cento entre o quarto trimestre de 2008 e o primeiro deste ano e 16,1 por cento, face ao trimestre homólogo transacto. Estes números estão em sintonia com o período de recessão actual e o fecho de fábricas e de empresas um pouco por todo o país.
A taxa de 8,9 por cento deste primeiro trimestre supera em uma décima a meta revista hoje pelo Governo para este ano. Era de quatro décimas antes do anúncio feito hoje pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.
O encerramento de fábricas consumado em vários sectores de actividade, nestes primeiros três meses do ano, terá contribuído decisivamente para a diminuição de quatro décimas (homóloga) da taxa de actividade da população, estimada pelo INE em 62,1 por cento. Em cadeia, a taxa de actividade recuou duas décimas.
Entre as mulheres, a taxa de actividade era de 56,1 por cento, um valor muito inferior aos 68,6 por cento apontados para os homens.
Dos cerca de dez milhões de portugueses, praticamente metade (5099,1 mil indivíduos) trabalhava em Março, menos 1,8 por cento (91,9 mil pessoas) do que o primeiro trimestre do ano passado e 1,5 por cento (77,2 indivíduos), face ao quarto trimestre de 2008.
O INE confere o impacto da crise principalmente nos sectores da indústria, da construção, da energia e da água. No conjunto, perderam 86,1 mil trabalhadores, isto é, 94 por cento do total da queda da população empregada no primeiro trimestre do ano.
Nesse período, a indústria perdeu 40,4 mil trabalhadores e a construção 46,8 mil, estimam os técnicos do instituto de estatísticas.
Público.pt - 15.05.09
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