A forte contracção em termos homólogos do PIB no 1º trimestre esteve fundamentalmente associada à redução acentuada das Exportações de Bens e Serviços, do Investimento e, em menor grau, das Despesas de Consumo Final das Famílias.
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A economia portuguesa continua em queda pelo terceiro trimestre consecutivo. Sofreu um recuo de 1,5% nos três primeiros meses de 2009 em relação ao último trimestre de 2008, com o Produto Interno Bruto (PIB) a cair 3,7% em termos homólogos, ou seja, em comparação com o mesmo período de 2008.
"A forte contracção em termos homólogos do PIB no primeiro trimestre esteve fundamentalmente associada à redução acentuada das exportações de bens e serviços, do investimento e, em menor grau, das despesas de consumo final das famílias", justifica o INE os maus resultados da economia portuguesa.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou esta sexta-feira a sua estimativa rápida e que aponta para uma queda da economia portuguesa pelo terceiro trimestre consecutivo.
O INE indica que no último trimestre de 2008 o PIB sofreu uma contracção de 1,9%, quando comparado com o trimestre anterior, um valor que foi revisto em baixa face aos 1,6% revelados anteriormente.
União Europeia recuou 2,5% no 1.º trimestre face ao final do ano passado
Portugal parece, no entanto, aguentar-se melhor que o conjunto da União Europeia.
A queda registada da economia europeia cifrou-se em 2,5% no primeiro trimestre face aos últimos três meses do ano passado. A economia portuguesa contraíu 1,5%, de acordo com os dados divulgados pelo INE.
A queda homóloga do PIB da União Europeia foi de 4,4%. Na Zona Euro, o PIB recuou 2,5%, com a taxa de variação homóloga a cair 4,6 por cento.
Tanto na União Europeia como na Zona Euro, o PIB recuou mais que no trimestre anterior, quando a economia tinha contraído 1,5% e 1,6%, respectivamente, quando analisadas as taxas de variação face ao trimestre anterior.
A economia portuguesa caiu 1,5% em relação ao trimestre anterior e 3,7% em termos homólogos.
* Em Espanha, de Rodriguez Zapatero, o PIB recuou 1,8% face ao trimestre anterior e 2,9% face ao mesmo período do ano passado;
* Na Alemanha, de Angel Merkl, a queda em cadeia chegou aos 3,8% e aos 6,9% face ao trimestre homólogo;
* Na França, de Sarkozy, a redução da actividade foi de 1,2% em termos comparativos com o trimestre anterior e de 3,2% face ao trimestre homólogo;
* Na Itália, de Silvio Berlusconi, a contracção do PIB foi de 2,4% em relação ao trimestre anterior e de 5,9% face ao período homólogo;
* No Reino Unido, de Gordon Brown, a quebra foi 1,9% face aos três meses anteriores e de 4,1% em relação ao período homólogo.
No conjunto da União Europeia, o Chipre aparece como o único país a não apresentar variações negativas, com a economia a estagnar face ao trimestre anterior e a subir 1,6% em termos homólogos.
Taxa de desemprego em Portugal sobe para os 8,9% no 1 trimestre
A taxa de desemprego atingiu os 8,9 por cento no primeiro trimestre de 2009, o que representa um agravamento face aos 7,6 por cento do período homólogo de 2008.
O número de desempregados foi estimado em 495,8 mil indivíduos, verificando-se um acréscimo de 16,1%, face ao trimestre homólogo de 2008. Os dados do INE hoje divulgados indicam que a taxa de desemprego nos três primeiros meses do ano sofreu um aumento de 1,3 pontos percentuais em relação ao valor observado no período homólogo e 1,1 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.
As previsões anteriores apontavam para que no final do ano de 2009 a taxa de desemprego em Portugal atingisse os 8,9%. Os dados hoje divulgados parecem confirmar que esse número, o mais alto nos últimos anos, já foi atingido no mês de Abril.
RTP - 15.05.09
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