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15/05/2009

CGTP reclama novas medidas para os jovens

O líder da CGTP-IN, Carvalho da Silva, mostrou-se hoje "preocupado" com o aumento da taxa de desemprego, defendendo a necessidade de mudar as propostas para os jovens.

De acordo com os dados hoje divulgados pelo INE, a taxa de desemprego atingiu os 8,9 por cento no primeiro trimestre de 2009, o que representa um agravamento face aos 7,6 por cento do período homólogo de 2008.

Questionado pelos jornalistas à margem do Simpósio "Reinventar a Solidariedade", Carvalho da Silva disse estar "preocupado" com a situação, lembrando que é necessário tomar algumas medidas.

"O esforço de todos os portugueses tem que ser, em primeiro lugar, defender o emprego. Defender a utilização da riqueza para salvaguardar emprego", sustentou Carvalho da Silva.

A importância da solidariedade entre todos os trabalhadores também foi sublinhada pelo responsável, lembrando que, no contexto actual, "cada dia de manutenção de um emprego que se consiga é um ganho".

"A reorientação do investimento para o emprego e não para a recomposição do financeiro e do económico como prioridade é fundamental", concluiu Carvalho da Silva.

Outra das mudanças que considera prioritária prende-se com a situação dos mais jovens no mercado de trabalho. Segundo o INE, a subida do desemprego verificou-se em todos os grupos etários, mas sobretudo nas pessoas com idades entre os 25 e os 34 anos.

"Tem de se mudar as propostas para a juventude. Não há saída se se continuar nesta lógica de que os jovens vão estar obrigatoriamente sujeitos à precariedade, aos baixos salários e sem os mesmos direitos que tiveram os seus pais e avós", defendeu.

Para o líder da CGTP, a análise institucional dos dados hoje divulgados chega "muito atrasada" e é "feita por inevitabilidade", porque "não há forma de fugir a não ser feita".

Carvalho da Silva acusou o Governo e os sectores económicos dominantes de insistem no "enfoque" da crise mundial, esquecendo que a fragilidade da economia nacional já "se prolonga há muitos anos", pelo que já não se desculpa quem tem "atitudes oportunistas" e quer fazer "mais do mesmo".

O responsável olha ainda com "preocupação" a revisão em baixa dos números do crescimento económico.

"Portugal está neste momento a pagar uma factura elevadíssima dos erros cometidos ao longo dos anos de facilitismo perante a destruição do seu aparelho produtivo", concluiu.

D.N. - 15.05.09

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