No final da manifestação, que decorreu na Plaza Colon, na capital espanhola, os secretários-gerais da UGT e CGTP manifestaram-se "muito satisfeitos" com a iniciativa contra a crise e em defesa do emprego.
Em declarações à agência Lusa, o líder da CGTP-IN, Carvalho da Silva, salientou a participação "muito viva" de todos os trabalhadores no protesto.
"Foi dado um sinal claro e forte a todos os governos europeus, em particular ao português e ao espanhol, de que é preciso ouvir os anseios das pessoas porque, de outra forma, serão provocadas situações de exclusão social muito preocupantes". Para Carvalho da Silva, as políticas europeias actuais têm demonstrado ser "uma espécie de remendos para continuar tudo na mesma".
Entre as prioridades face à actual conjuntura, Carvalho da Silva referiu o emprego, a "recentragem das políticas sociais", a necessidade de "pôr fim aos paraísos fiscais" e a importância de dar "respostas novas para a juventude. Não há saída para esta crise se não se tiverem em conta estas prioridades".
Por sua vez, João Proença, líder da UGT, destacou o facto de Madrid ter sido hoje "a capital europeia dos trabalhadores no combate ao desemprego e à instabilidade". Foi "claramente uma forma de as pessoas chamarem à atenção para a necessidade de reforçar as políticas de forma a apostar na construção de uma Europa social". E acrescentou que "precisamos de uma Europa mais preocupada com o emprego, capaz de vencer a crise com os trabalhadores e não apenas uma Europa das empresas e da livre circulação".
Estiveram presentes na manifestação de hoje mais de 1.600 sindicalistas portugueses, com a UGT a participar com uma delegação de mais de 600 sindicalistas, e a CGTP a levar a Madrid mais de mil sindicalistas de todo o país para engrossar a manifestação convocada pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES).
As manifestações organizadas pela CES prosseguem sexta-feira em Bruxelas, e no sábado em Berlim e em Praga.
oje.pt - 14.05.09
Sem comentários:
Enviar um comentário