Problema do desemprego motiva comunidade lusa a participar numa manifestação, no próximo sábado.
Os portugueses representam actualmente 30 % dos desempregados no Luxemburgo, problema que os levará a participar sábado numa manifestação nacional contra a crise económica, indicou o conselheiro das comunidades naquele país.
"Das 14 mil pessoas desempregadas no Luxemburgo, 30 % são portugueses, num universo de 480 mil habitantes do país", declarou à Agência Lusa Eduardo Dias, membro do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) e líder sindical no Luxemburgo.
"A comunidade portuguesa é a mais atingida pela crise económica no Luxembrugo, tanto na questão do desemprego, como na questão salarial", indicou.
Eduardo Dias salientou ainda que há 80 mil portugueses residentes no país, dos quais 35 mil são trabalhadores activos.
O conselheiro espera que no sábado, "uma grande concentração de portugueses participe na manifestação contra a crise económica", que decorrerá na Place de La Gare, no centro do Luxemburgo, mas não conseguiu quantificar o número de pessoas da comunidade que estarão presentes no evento.
"O apelo para a realização de uma manifestação foi feito pela OGBL (associação sindical de que Eduardo Dias faz parte), e foi aceite por outros sindicatos e movimentos associativos, que agora organizam em conjunto esta manifestação nacional", referiu.
"A crise financeira é cada vez mais uma crise social, estamos a assistir a um aumento do número de desempregados no país e as empresas trabalham cada vez mais com o que chamamos de regime do desemprego técnico, trabalha-se uns dias e outros não", disse o sindicalista, acrescentando que são muitos os trabalhadores nesta situação.
Segundo Eduardo Dias, a manifestação de sábado, além de servir para protestar contra a crise financeira, é uma forma de confrontar as organizações patronais que "pretendem colocar em causa as regalias sociais já obtidas, como indexação automática dos salários e das pensões, além dos montantes do subsídio de desemprego".
A manifestação será uma forma também de reivindicar junto dos partidos políticos um compromisso para lutar contra estes efeitos negativos da crise financeira mundial no país, já que há eleições europeias e legislativas, ambas a 07 de Junho.
J.N. - 15.05.09
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