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01/05/2011

Como sair do estado a que a que Portugal chegou – 2ª Parte

Eugénio Rosa

O problema da divida externa não se circunscreve ao problema da Divida Liquida externa que analisamos no estudo anterior. No fim de 2010, a Divida Bruta do País ao estrangeiro atingia 506.075 milhões €, representando a Divida do Estado ao estrangeiro apenas 17,4%, enquanto a divida da Banca correspondia a 34,4%, e a das empresas e particulares representava 36,3% da Divida Total do País. A banca endivida-se no exterior, e com esses meios e os depósitos que obtém internamente, concede crédito. Em 2010, de um total de 277.196 milhões € de empréstimos concedidos internamente pela banca, 33.485 milhões € (12,1% do total) foram concedidos às Administrações Públicas; 114.623 milhões € (41,4%) às empresas; e 129.088 milhões € (46,6% do total) a “Particulares”. Portanto, no crédito interno, e contrariamente ao que muitas vezes se pensa ou se diz, apenas a parcela menor (12,1% do total) foi para o Estado, Autarquias e Regiões. A divida total do País, e a divida do Estado (que inclui a divida externa e interna atingia, no fim de 2010, 160.470 milhões €, segundo o INE), estão a levantar problemas extremamente graves cuja solução temporária passa, nomeadamente,: (1) Pelo BCE ou FEEF assumirem a função de “emprestador de último recurso” (lender of last resort”) ; (2) Renegociar a divida com o objectivo de alargar os prazos de amortização e reduzir taxas; (3) Obter “ajuda” do FMI/U.E. nos moldes impostos à Grécia e Irlanda, o que conduziria a um espiral interminável de medidas de austeridade que atirariam o País para recessão prolongada com consequências económicas e sociais graves. - COMO SAIR DO ESTADO A QUE PORTUGAL CHEGOU

http://www.eugeniorosa.com/Page/1050/%C3%9ALTIMO-ESTUDO.aspx

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