Os trabalhadores da aviação vão fazer hoje uma "greve-protesto" de duas horas para contestar o corte de salários, "o ataque à contratação coletiva" e a falta de pagamento do salário de abril a 200 trabalhadores da Groundforce.
A greve-protesto realiza-se perto dos aeroportos de três cidades: Lisboa, Porto e Ponta Delgada, de acordo com informação prestada pelo sindicato que convocou a paralisação, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA).O dirigente do SITAVA Vítor Mesquita disse à Lusa que no local da concentração em Lisboa, o sindicato vai fazer em Lisboa uma conferência de imprensa sobre a situação de 200 trabalhadores da Groundforce (empresa de handling) que, segundo disse, não receberam salário em abril.
"Cerca de 200 trabalhadores subcontratados da SPDH (Groundforce) não receberam este mês. O engenheiro Fernando Pinto [presidente executivo do Grupo TAP] vai ter de responder por isto", disse Vítor Mesquita.
"Por causa da lei do Orçamento as administrações entenderam que se faria cortes nos salários, nas anuidades, nas evoluções. E outra situação: enquanto na SATA, na TAP e na NAV a portaria apenas foi aplicada a 50 por cento, na ANA - Aeroportos foi tudo aplicado", sintetizou o dirigente do SITAVA.
"Há uma descriminação. É sempre mau, mas é menos mau para uns do que para outros", completou.
As ações da manhã não deverão perturbar o funcionamento dos aeroportos.
As ações são abertas a todos os trabalhadores do setor da aviação e aeroportos e estão cobertas por pré-avisos de greve que envolvem os funcionários das empresas ANA – Aeroportos de Portugal, ANAM – Aeroportos da Madeira, NAV – Navegação Aérea de Portugal e Lojas Francas.
Estão também abrangidos pelos pré-avisos os trabalhadores da MEGASIS (empresa de tecnologias de informação do grupo TAP), da SATA, UCS (que presta cuidados de saúde às empresas do grupo TAP), da PORTUGÁLIA, da PORTWAY, da Groundforce e da TAP.
O SITAVA tem cerca de 4.900 associados.
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