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02/03/2011

Fenprof diz que medidas do Ministério estão a "destruir" o ensino

O secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, manifestou hoje aos deputados da Assembleia da República preocupação com o futuro do ensino em Portugal, referindo que as medidas do ministério "estão a destruir" a Educação.
"Neste momento, em que nós sentimos que estão a destruir o presente na escola pública, é muito difícil saber como se pode construir o futuro", afirmou o dirigente sindical.
A FENPROF e mais oito organizações sindicais de professores foram recebidas esta tarde pela Comissão Parlamentar de Educação e Ciência para falar sobre o futuro da escola e da Educação.
As questões levantadas pela Plataforma de Sindicatos dos Professores disseram, essencialmente, respeito à redução do número de docentes nas escolas, à organização do próximo ano escolar e à explicação para a greve às horas extraordinárias hoje iniciada pelos professores.
"A principal questão que se levanta com as horas extraordinárias tem a ver com o conceito de horário. Os professores têm um horário de 35 horas dividida em três componentes: letiva, de estabelecimento e individual, que diz respeito à preparação das aulas. O problema é que a formula de cálculo que o Governo adotou não tem em conta a componente individual que é bastante importante", explicou.
Mário Nogueira realçou que isso é uma forma de pôr os docentes "a trabalhar de graça" no seu tempo de descanso, preparação de aulas, correção de testes e avaliação dos alunos, acrescentando que a greve tem como objetivo "defender o horário dos professores".
O dirigente da Federação Nacional dos Professores (FENPROF) explicou ainda que a greve às horas extraordinárias não é muito visível e que mesmo que venha a ter uma adesão de 100 por cento nunca se verá alunos à porta da escola.
"Iremos fazer um levantamento e um balanço da greve, mas menos que uma semana será difícil de perceber. Hoje, por exemplo, se algum professor faltou nunca saberemos se foi por este ou outro motivo qualquer", sustentou.
Professores e educadores iniciaram hoje uma greve às horas extraordinárias por tempo indeterminado que pode deixar alunos sem aulas e sem avaliação, até ao final do ano letivo, em algumas escolas.

http://www.ionline.pt/conteudo/107876-fenprof-diz-que-medidas-do-ministerio-estao-destruir-o-ensino

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