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05/03/2011

As alterações que vão afectar 14 carreiras estão a provocar uma onda de protestos: Utentes acusam Carris de “ataque às populações”

As modificações que a Carris vai introduzir a partir de amanhã na sua rede, e que incluem a supressão de seis carreiras, estão a gerar grande contestação. A Plataforma de Utentes da Carris já se insurgiu contra aquilo que diz ser um “ataque às populações” e na página da empresa no Facebook são muitas as críticas de clientes que se dizem prejudicados.

Em comunicado, aquela plataforma afirma que as supressões e encurtamentos de trajectos de 14 carreiras de autocarros “implicam um aumento de transbordos e inconvenientes para os utentes”, podendo ainda traduzir-se num acréscimo de custos para quem tiver de passar a recorrer ao Metropolitano de Lisboa para completar a sua viagem.

Além disso, a Plataforma de Utentes da Carris diz que as alternativas apresentadas pela Carris para os percursos ou troços suprimidos “são, na maioria das vezes, falácias que em nada respondem às necessidades”. Este movimento contesta também o “quase total secretismo e rapidez alucinante” que norteou este processo, lamentando que as mexidas na rede tenham sido tornadas públicas “a apenas quatro dias de se concretizarem, procurando-se obter o facto consumado”.

Por tudo isso, o movimento de utentes acusa a transportadora de estar a perpetrar um “ataque à mobilidade na cidade e ao serviço prestado às populações”.

A partir de amanhã vão ser extintas as carreiras 7 (Praça do Chile – Sr. Roubado), 39 (Marvila – Xabregas), 92 (Terreiro do Paço – Príncipe Real), 752 (Centro Norte – Centro Sul), 780 (Saldanha – Portas de Benfica) e 204 (Estação Oriente – Belém). Já as carreiras 768 (Cidade Universitária – Quinta Olival) e 781 (Cais do Sodré – Prior Velho) vão passar a circular apenas aos dias úteis.

As alterações incluem ainda o encurtamento dos trajectos das seguintes carreiras: 12 (que ao fim-de-semana vai circular apenas até Campolide e não até Alcântara Mar), 702 (que vai passar a partir do Marquês de Pombal e não dos Restauradores), 706 (que vai partir do Cais do Sodré e não do Terreiro do Paço), 727 (que ao fim-de-semana vai circular apenas até ao Saldanha e não até à Estação Roma/Areeiro) e 745 (que vai partir do Terreiro do Paço e não da Estação de Santa Apolónia). Por fim, a carreira 799, que liga o Colégio Militar a Alfragide Norte, vai passar a funcionar apenas “em horas de ponta”.

http://www.publico.pt/Local/utentes-acusam-carris-de-ataque-as-populacoes_1483278

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