Março promete ser mês difícil. Transtejo marca paralisação. Ministro apela ao "espírito de diálogo dos camionistas.
Março promete ser um mês difícil para os utentes de transportes públicos em Lisboa. Os trabalhadores do Metro vão parar, mas também os da Transtejo e da Soflusa, em protesto contra as medidas de austeridade do Governo, que "se fizeram sentir em Janeiro mas que se agravaram em Fevereiro" e afectam, garantem os sindicatos, quem ganha 600 e 700 euros mensais.
Assim, os trabalhadores do Metro de Lisboa estarão em greve nos dias 15 e 24, entre as 5.30 e as 12.00. Já os funcionários da Transtejo e da Soflusa vão parar três horas por turno no dia 23. Este é o calendário anunciado pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), que já levou o ministro dos Transportes a afirmar que as greves não dão resposta aos problemas que o País atravessa. Amável Alves refere que o problema do País é que o Governo, "em vez de atacar questões como os milhões enterrados no BPP e no BPN e os que se perdem com a economia clandestina, prefere penalizar o mais fraco e isso não aceitamos". E acrescenta: "As greves são a forma que os trabalhadores têm de mostrar a sua indignação pela forma prepotente como o Governo resolveu desrespeitar a contratação colectiva."
Mas os protestos não se ficam por aqui. Os trabalhadores da CP e da CP Carga anunciaram a continuação da greve ao trabalho extraordinário até ao fim de Abril, exemplo seguido pelos funcionários da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, mas apenas entre os dias 7 e 11 de Março, e aos CTT de 7 a 31. Já os trabalhadores da EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamentos Ferroviários agendaram uma vigília junto ao Ministério da Economia para o dia 21.
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