Pedro Carvalho
Com a recuperação capitalista promovida pelo PS e pelo PSD, por vezes com o CDS à trela, o modelo económico seguido acorrentou a economia portuguesa ao capital estrangeiro, principalmente europeu. “O modelo económico nacional transparece e acentua as debilidades estruturais no desenvolvimento das forças produtivas. Um modelo económico baseado nos baixos salários e em sectores de actividade económica de baixo valor acrescentado, por isso de baixa produtividade em termos de valor, enquadrado nas lógicas de divisão internacional da cadeia de produção das grandes empresas multinacionais, sobretudo europeias. Um modelo que tem por base reexportação, onde o país acrescenta trabalho. As exportações tem por isso uma forte componente de importação de matérias-primas e outros consumos intermédios. Um modelo assim duplamente dependente da procura externa, inserido em lógicas de subcontratação, sem ter por base o suporte do mercado interno e a satisfação das necessidades da sua população, em termos de bens (transaccionáveis).”
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