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30/03/2011

2011 com Passos, Portas e Sócrates: +pobreza, +exclusão, +austeridade, +desemprego, +precariedade

Imagem via Mayday Lisboa 2011: Subvertising (www.maydaylisboa.net)

Segundo a AMI - Assistência Médica Internacional - 2010 foi o 'pior ano em termos de pobreza em Portugal', de acordo com os seus registos. Paradoxalmente, 2010 foi também o proclamado Ano Europeu de Luta contra a Pobreza e Exclusão Social. Os resultados são devastadores e mostram que as  receitas económicas nos PECs aprofundam a injustiça social. Para 2011 e 2012, como garantido pelos governantes de gestão da crise, temos mais austeridade para as mesmas pessoas, a maioria.

As notícias repetidas nos media evocam "os economistas" para justificar a barbárie social. Estrategicamente, ignoram outros economistas que se juntam para propor uma economia com mais justiça fiscal, laboral e social. Mas são os primeiros, "os economistas", que ditam por enquanto as regras, porque são esses que estando organizados, de alguma forma contactam com a maioria das pessoas através de grupos de comunicação e media. 

Perante a aplicação de 3 PECs, e preparação para o PEC4, no caso de não existir uma fortíssima resposta popular, temos como garantidos para 2012:
  • O aprofundamento das medidas de austeridade selectiva está garantido. Se Sócrates abriu este caminho, Passos Coelho e Paulo Portas já afirmaram que com eles as medidas serão ainda mais duras, porque os mercados precisam de uma espécie de Aspirina C. As empresas de rating que estiveram na origem, e por vezes no banco dos réus, de um autêntico tsunami económico mundial, são agora as que comandam a democracia-- instalada nos países: Fitch Inc, Stantard & Poor's,...
  • A economia portuguesa deverá continuar a destruir emprego até 2012, projecta o Banco de Portugal.
  • Ainda segundo o Banco de Portugal, o emprego deverá sofrer uma redução de 0,9 por cento em 2011 e de 0,3 por cento em 2012. O sector mais afectado será o sector público, alinhando assim a destruição progressiva de serviços sociais essenciais para quem trabalha. 
Sem funcionários públicos, existirão progressivamente menos serviços públicos: escolas, creches, hospitais, centros de saúde ou mesmo Segurança Social. A maioria das pessoas, dos trabalhadores, dos desempregados, estudantes ou pensionistas são prejudicados.

Ver:
Banco de Portugal: desemprego vai continuar a aumentar
Pobreza: Pedidos de ajuda aumentam 24 por cento
PSD: Passos Coelho diz que rejeitou PEC 4 "porque medidas não iam suficientemente longe" - Wall Street Journal
'CDS-PP vai fazer campanha austera, pela positiva e sem medidas avulsas'

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