Alexandra Campos
Ao contrário do que aconteceu na maior parte dos países da União Europeia (UE), a fecundidade diminuiu em Portugal, entre 2003 e 2009. Portugal está mesmo entre os três países da UE com as menores taxas de fecundidade (1,32), valor semelhante ao da Hungria e só ultrapassado pela Letónia (1,31), nesse ano.
Esta tendência que ameaça a renovação de gerações é destacada no relatório sobre demografia elaborado pelo Eurostat, o gabinete europeu de estatística, em conjunto com a Direcção-Geral do Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão da Comissão Europeia e que hoje foi divulgado.
Depois de mais de duas décadas de quebras sucessivas, a taxa de fecundidade (número médio de nascimentos por mulher idade fértil) começou a aumentar em 2003 nos países da União Europeia, passando de 1,47 para 1,6,em 2009. Portugal foi excepção, tal como Luxemburgo e Malta. A Irlanda e a França eram os os países com taxas de fecundidade mais elevadas em 2009 (2,07 e 2,00), mas os maiores aumentos no período considerado registaram-se na Bulgária (que passou de 1,23 para 1,57) e na Eslovénia (de 1,20 a 1,53).
O relatório evidencia outra tendência – a do aumento da esperança média de vida nos últimos anos. França e Espanha eram os países onde as mulheres tinham a maiores esperança média de vida em 2009 (85,1 anos e 84,9 anos, respectivamente. Nos homens a maior esperança média de vida registava-se na Suécia (79,4 anos) e em Itália (79,1). Em Portugal, em 2009, a esperança média de vida das mulheres era de 82,6 anos e dos homens 76,5.
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