«As declarações do presidente da Jerónimo Martins, publicamente dizendo que não é com baixos salários que se supera a crise e se desenvolve a economia, são contraditórias com a prática empresarial generalizada em Portugal», considerou, dia 21, Manuel Guerreiro, coordenador do Sindicato do Comércio e membro da Executiva da CGTP-IN.
As palavras de Soares dos Santos, no final de um almoço na Câmara do Comércio e Indústria Luso-alemão «criam expectativas nos trabalhadores da grande distribuição, e numa mudança de atitude da APED, onde este grupo tem grande influência e peso muito significativo, ocupando a vice-presidência».
Manuel Guerreiro espera que a associação patronal «altere a proposta de aumento de um por cento, para 2009 e 2010, que até agora tem tido na mesa negocial». Recordando que aquele sector «paga muito baixos salários, aposta na precariedade (cerca de 35 por cento da mão de obra do sector) e pratica horários desumanizados», de que resulta uma «altíssima rotatividade de trabalhadores».
Contudo, «temos de ser muito optimistas, porque ainda hoje fomos forçados a passar o processo negocial do CCT da Grande Distribuição, da fase das negociações directas para a conciliação no Ministério do Trabalho, porque a APED se vem escusando a realizar reuniões de negociação, com argumentos formais de alteração ao Protocolo Negocial, querendo reduzir a Comissão Negociadora Sindical de 12 para quatro membros», salientou Manuel Guerreiro.
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=32303&area=4
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28/01/2010
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