Ordenados em atraso, valores pagos incorrectos, horários irregulares e uma "estratégia de terror psicológico". O cenário foi traçado por ex-funcionários da farmácia comunitária do Hospital de Santa Maria.
Em carta enviada ao DN, o denominado Grupo de Ex-Trabalhadores da Farmácia Santa Maria revela que se despediram "23 dos 24 profissionais que integravam a equipa inicial". Incluindo contratados, já saíram 38 ao todo.
Fonte do hospital disse ao DN que "o gabinete que acompanha a concessão da farmácia já pediu uma reunião ao proprietário da farmácia para pedir esclarecimentos". O hospital, aliás, só pode fiscalizar se há incumprimento no contrato. Apesar das inúmeras tentativas, o DN não conseguiu falar com a farmácia nem com o proprietário, Paulo Diogo.
O grupo respondeu ao DN que "já foram colocados entre três e quatro processos em tribunal". Em apenas seis meses, a equipa inicial da farmácia com a maior facturação prevista no País perdeu o grosso do seu tecido laboral. E ontem estes funcionários vieram a público explicar as suas razões.
"Desde o primeiro mês houve problemas em receber os ordenados: valores incorrectos, subsídios e comissões por pagar, prazos e promessas por cumprir, falta de recibos e dívidas ao longo de meses", refere o documento.
As acusações envolvem ainda a ausência de horários definidos, o que significa que chegavam ao ponto de "não conhecerem o horário para o dia seguinte nem existir horário afixado, nem mapa de férias". As pausas para descanso e refeições "eram proibidas regularmente". A isto juntaram-se "maus tratos - verbais e até físicos. Chegaram a telefonar para "os novos empregadoras dos ex-funcionários para os denegrir e prejudicar profissionalmente", conclui.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1481135&seccao=Sul
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