Os números do desemprego continuam a bater sucessivos recordes em Espanha. No último trimestre de 2009 foi atingida a percentagem mais elevada em 12 anos: 18,83% e, em termos absolutos, o número de desempregados alcançou o máximo histórico de 4,3 milhões de pessoas.
As perspectivas de futuro também não são as mais optimistas, com o Governo a reconhecer que no primeiro semestre deste ano a taxa possa atingir os 20%. Já o ministro espanhol do Trabalho, Celestino Corbacho, admitiu ontem que "a recuperação do emprego será mais lenta do que a económica".
A Espanha tem sido o país da Zona Euro mais castigado pela profunda crise económica mundial, assistindo há três anos consecutivos a subidas no desemprego.
Face à situação, a reforma laboral, uma das mais importantes que o Governo de Luís Zapatero pretende adoptar em 2010, está a caminho. A proposta do Executivo, que será apresentada em Conselho de Ministros na próxima sexta-feira, deverá conter medidas como o incentivo à redução da jornada de trabalho; o estímulo da flexibilidade interna nas empresas; ou a revisão das bonificações à contratação. O incentivo à contratação dos jovens - cuja taxa de desemprego atinge os 40% - é outra possibilidade. Estas irão juntar-se a acções que foram adoptadas ao longo de 2009, nomeadamente o lançamento do subsídio mensal de 420 euros atribuído aos trabalhadores que esgotaram o subsídio de desemprego.
Para o líder do PP, Mariano Rajoy, as medidas são, no entanto, insuficientes. O responsável afirma que "a inacção do Governo está a colocar em perigo a economia espanhola."
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1482534
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