Paulo Miguel Madeira
O clima económico no país e a confiança dos consumidores continuaram a recuar este mês, prolongado a tendência detectada em Novembro de interrupção do forte ciclo de subidas iniciado na Primavera, quando a crise tinha aparentemente batido no fundo.
O clima económico apresentou um recuo ligeiro, para -0,7 pontos, face a -0,6 no mês passado e -0,4 em Novembro. Está agora a meio caminho entre o mínimo de -3,2 atingido em Abril do ano passado, quando a crise internacional estava ao rubro, e o valor médio da série, que é de 2,0. Regressou assim ao nível que estava entre Setembro e Outubro do ano passado.
Como o valor inicial de Outubro foi revisto em baixa, dos -0,4 inicialmente divulgados para -0,5, trata-se agora da terceira descida consecutiva (o os valores de Novembro e Outubro eram iguais), embora a um ritmo suave.
Por sectores, houve uma diminuição da confiança na construção e obras públicas e nos serviços e um aumento na indústria transformadora e no comércio, mais expressivo no primeiro caso. No caso da construção, a tendência de queda vem desde Setembro, tendo-se mantido estável de Novembro para Outubro.
A confiança dos consumidores apresenta um recuo mais acentuado, para -32,3 pontos, quando em Dezembro estava nos -30,0. É também já o terceiro recuo consecutivo, para um valor intermédio entre os de Agosto e Setembro, após um forte movimento de subida iniciado em Abril. Em Março do ano passado tinha atingido -51,0, o valor mais baixo da série, iniciada em Junho de 1986.
O INE calcula estes indicadores a partir de inquéritos qualitativos de conjuntura, realizados junto dos consumidores e de vários sectores, com uma amostra total de mais de quatro mil empresas.
http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1420177
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
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