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16/12/2009

Recursos humanos na saúde: Portugal, um país com escassez de médicos

A distribuição de médicos e enfermeiros pelo território nacional é desigual. No continente, Lisboa é a região onde existe uma maior densidade destes profissionais. No panorama da União Europeia, Portugal está entre os países com menor número de médicos por 100 000 habitantes.

A nível nacional residem, em média, aproximadamente 4 médicos, no activo ou não, por cada 1 000 habitantes. As regiões autónomas e o Alentejo são as regiões (NUT’s II) onde este indicador assume valores mais baixos – cerca de 2 médicos por cada 1 000 habitantes. Em Lisboa esta proporção mais que duplica, ultrapassando os 5 médicos.
Entre 2002 e 2008 o número de médicos por cada 1 000 habitantes aumentou ligeiramente em todo o território nacional. Contudo, estes incrementos não chegam a atingir uma unidade.

A Grécia destaca-se no conjunto dos países da UE-27 por registar, em 2006, o valor mais elevado de médicos por 100 000 habitantes – praticamente 500. A Bélgica é o outro país que apresentava para este indicador um valor acima dos 400 profissionais por cada 100 000 habitantes. Portugal era neste ano, o sétimo país com pior registo: 268 médicos. Eslovénia, Reino Unido, Polónia e Roménia apresentavam os valores mais baixos, sendo que os dois últimos países não atingiam os 220 médicos por cada 100 000 habitantes.

Os dados apresentados no Quadro 2 dizem respeito a uma proporção que tem por base o local de trabalho, e não a zona de residência (indicador tratado no Quadro 1). Lisboa é a região com uma maior proporção de enfermeiros a trabalhar dentro das suas fronteiras geográficas – cerca de 6 por cada 1 000 habitantes –, enquanto o Alentejo e o Algarve são as que apresentam valores mais baixos. Com uma proporção de cerca de 4 enfermeiros por cada 1 000 habitantes, estas duas regiões ficam um valor abaixo da média nacional. As regiões autónomas, por seu lado, apresentam valores proporcionais para este indicador mais elevados do que no continente, Lisboa incluída.
Como se verifica no quadro 2, no período temporal em causa, o número de enfermeiros por cada 1 000 habitantes aumentou em todas as regiões do país. O crescimento do número destes profissionais foi particularmente significativo na região Norte e nas regiões autónomas, nas quais o aumento deste indicador foi superior a 1,5 valores.

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