Os pilotos da PGA- Portugália ameaçaram ontem paralisar mais três dias caso não seja readmitido um piloto que o sindicato do sector diz ter sido vítima de retaliações depois de participar em greves anteriores.
A companhia reagiu entretanto, afirmando que o sindicato sabe que a candidatura deste trabalhador será "objecto de análise preferencial" se a empresa reajustar o quadro laboral.
A greve foi decidida na quarta-feira, numa assembleia geral da empresa, e, segundo o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), já foi comunicada à administração da PGA. Na origem do conflito está o facto de a companhia aérea ter cessado o contrato de trabalho a termo certo com o piloto David Gonçalves, "com efeitos na véspera da data em que passaria ao quadro", depois da greve de 16 dias que os pilotos da PGA fizeram este ano para reivindicar a assinatura do primeiro acordo de empresa (AE), à qual o piloto aderiu.
Segundo o sindicato, a administração da PGA argumentou que a cessação do contrato resultava de um "acto de gestão interna, motivado pela ponderação, por parte da companhia, de uma redução da frota Fokker 100". Tal redução, diz o SPAC, "não se veio a verificar", razão pela qual o sindicato considera tratar-se de uma "retaliação".
Fonte oficial da PGA disse à agência Lusa que a companhia aérea "estranha a posição da direcção do sindicato", uma vez que a estrutura sindical "está informada, desde Agosto, que a candidatura do piloto referido será objecto de análise preferencial, caso a empresa, no âmbito da sua competência de gestão, venha a reajustar o seu quadro de pilotos".
A fonte da transportadora refere ainda que o piloto em causa "já esteve ao serviço da PGA com um contrato a termo, o qual cessou no prazo legalmente estabelecido".
A PGA, que é detida na totalidade pela TAP, conta com cerca de 150 pilotos e uma frota de 16 aviões.
Público.pt - 18.12.09
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