Os cerca de 70 trabalhadores da produtora de placas de fibra de madeira, IFM/Platex, de Tomar, deslocaram-se, dia 12, a Lisboa, para exigirem a viabilização da empresa e a manutenção dos postos de trabalho, por a considerarem viável.
De manhã, concentraram-se no Largo de Camões, junto ao Ministério da Economia, onde reuniram com representantes do Governo e do Grupo Investwood.
Depois, deslocaram-se ao Ministério do Trabalho, onde apenas uma assessora os recebeu.
Segundo o dirigente da União dos Sindicatos do Distrito de Santarém e trabalhador na empresa, António Santos, «há clientes estrangeiros interessados na produção e uma boa carteira de encomendas».
O Grupo Investwood, actual administrador da IFM/Platex, designado pelo Ministério da Economia, garantiu que até ao fim desta semana ia tentar obter um acordo com os credores que possibilitasse a retoma da laboração. Não havendo acordo, a empresa poderá entrar em processo de insolvência. Para dia 21, foi agendado um novo plenário para os trabalhadores decidirem que formas de luta adoptarão em defesa dos seus direitos.
A fábrica está parada desde 11 de Abril. A falta de liquidez financeira para aquisição da matéria-prima foi o argumento, embora a fábrica produzisse semanalmente cerca de 750 toneladas.
Os trabalhadores suspenderam os contratos para poderem aceder ao subsídio de desemprego, mantendo-se vinculados à empresa, mas, para o poderem fazer, tiveram que iniciar uma dura luta com vigílias à porta da fábrica. Nesta visita a Lisboa tiveram o apoio da câmara tomarense, cujo presidente acompanhou os operários.
Avante - 17.12.09
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
17/12/2009
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