A Entidade Reguladora para a Comunicação Social, que apresenta hoje um estudo sobre o tratamento dos imigrantes e das minorias étnicas nas notícias, considera que em determinados acontecimentos os jornalistas tendem a infringir regras que estão presentes na constituição, na leis de imprensa e da televisão e no próprio estatuto do jornalista.
O presidente da entidade reguladora, Azeredo Lopes, enuncia uma das situações que suporta esta conclusão.
«A identificação de uma pessoa com base na sua raça, na sua origem geográfica, na sua religião, é para nós inaceitável numa notícia se essa apresentação tiver o efeito de desqualificar grupos de pessoas e não apenas a pessoa envolvida na peça», afirma.
Azeredo Lopes também gostaria que as minorias étnicas fossem notícia pela positiva, mas sublinha que a discriminação não é uma prática generalizada nas redacções, que não justifica por isso uma avaliação negativa.
«Não há casos em grande número que justifiquem uma preocupação excessiva quanto à forma como os nossos media reflectem as comunidades de não nacionais, mas gostava de ver uma dimensão mais positiva», afirma Azeredo Lopes, considerando que deveria ser mostrada uma realidade multicultural da qual «nasce a riqueza das sociedades».
TSF - 15.12.09
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