A Presidente do Chile considerou hoje que as eleições hondurenhas, realizadas domingo, não podem ser evocadas para legitimar um golpe de Estado, afirmando que os líderes hondurenhos podem estar perante "a última oportunidade" para encontrar uma solução para crise.
"No povo irmão das Honduras realizaram-se ontem (domingo) eleições presidenciais que tinham sido programadas conforme a constituição hondurenha antes do golpe de Estado contra o Presidente Manuel Zelaya. No entanto, as eleições (...) não podem ser evocadas para legitimar um golpe de Estado perpetrado há cinco meses porque desta forma estaríamos a aceitar um precedente grave e inaceitável e uma séria ameaça para a democracia na América Latina", afirmou Michelle Bachelet, durante a sua intervenção na sessão de abertura da XIX Cimeira Ibero-americana, a decorrer no Estoril.
Para Bachelet, as autoridades hondurenhas devem ter consciência que estão perante "a última oportunidade" para encontrar uma solução política para a crise, evocando ainda a importância de respeitar os acordos internacionais estabelecidos.
"Os líderes hondurenhos, especialmente aqueles que pretendem dirigir as Honduras, devem compreender que as eleições são um passo importante, mas se os acordos internacionais não forem respeitados, será uma mancha na legitimidade das autoridades políticas", frisou a líder chilena.
Michelle Bachelet referiu ainda que os líderes hondurenhos têm "a oportunidade e a obrigação" de actuar para que o desenlace da crise política "reflicta igualmente a necessidade de restabelecimento pleno da ordem democrática nas Honduras".
D.N. - 30.11.09
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