A crise financeira internacional está a ter um impacto social desastroso na América Latina. “
A pobreza continua a aumentar e pode crescer quase 7% até ao final de 2010” na região, anunciou em conferência de Imprensa, Angel Gurría, director do Centro de Desenvolvimento da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e coordenador do relatório “Perspectivas económicas da América Latina 2010”, o terceiro apresentado numa Cimeira Ibero-Americana.
“Quase 40 mil pessoas que sairam da pobreza poderão cair nela de novo”, disse, deitando por terra a recuperação verificada nos indicadores sociais da região, entre 2003 e 2007. Na população activa, o efeito da crise foi igualmente nefasto, com o desemprego jovem a ser o triplo do registado nas camadas adultas, “tanto em Espanha como em muitos países latino-americanos”.
Sobre o arranque do crescimento previsto para os países da OCDE, de 2010 a 2012, Gurría disse que “não será uma recuperação espectacular nem muito rápida”, já que potências como o Japão e os EUA ou os países mais ricos da União Europeia (UE) só chegarão aos 2% de crescimento.
J.N. - 30.11.09
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