O secretário-geral da CGTP considerou, este sábado, que as medidas anti-crise aprovadas no Parlamento, na sexta-feira, com os votos dos partidos da oposição, não passam de «paliativos» e que a maior parte destas propostas não vão ter grande efeito.
«Se não se mudarem questões de fundo não passa de paliativos. São medidas de encanar a perna à rã. Não têm grande efeito infelizmente. Claro que, no imediato, quem vive aflito pode respirar um bocadinho, mas muitas destas medidas morrem nas contradições em que elas próprias nascem», explicou Carvalho da Silva.
À margem de uma homenagem a Melo Antunes, o líder da Intersindical explicou ainda que por detrás do processo do Código Contributivo, que já não vai entrar em vigor a 1 de Janeiro, «há objectivos diametralmente opostos que só o tempo vai ajudar a clarificar».
«Há uma precaução que será bom tomar-se: é que não se induza aqui a ideia de que é possível reduzir contribuições para a Segurança Social por parte das empresas de forma generalizada e que há possibilidade de um sistema de Segurança Social solidário e universal para o futuro sem contribuições efectivas dos empresários e dos trabalhadores», disse.
Carvalho da Silva assinalou ainda que «há uma barbaridade que começou a ser instituída: é considerar os descontos da Segurança Social como uma carga fiscal», algo que considerou «um dos venenos que pode destruir o sistema de Segurança Social em Portugal».
Ainda sobre esta questão, o líder da CGTP ainda que a central sindical que dirige alertou para a «delicadeza» do assunto e lembrou que a CGTP chamou à atenção do Presidente da República para algumas matérias que deviam ser corrigidas expondo argumentos no sentido que não fosse prolongado o diploma e que fosse sujeito a correcções».
TSF - 28,11,09
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