Estão hoje em greve trabalhadores das indústrias de material eléctrico e electrónico, e dos consulados e missões diplomáticas, e o sector ferroviário realiza uma concentração de protesto.
Várias greves nas multinacionais da electrónica começaram segunda-feira e vão decorrer até dia 12.
A luta abrange o Grupo Bosch (Blaupunkt e Motometer), a Preh, a GE Power Controls, a Jayme da Costa, a Visteon, a Tudor Baterias, a Delphi e a Actaris, entre outras empresas – informou a Fiequimetal/CGTP-IN, que integra os sindicatos das indústrias eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI) e do Norte e Centro (STIENC).
Em nota à comunicação social, a federação recordou que o conflito arrasta-se desde 2006, depois de a ANIMEE ter considerado, unilateralmente e contra a opinião do próprio Ministério do Trabalho, que o contrato colectivo (CCTV FMEE) caducou. Agora, as principais multinacionais pretendem deixar de aplicar diversas normas contratuais, designadamente as de expressão económica. Estão ainda a aproveitar o cenário de retracção económica para, pela primeira vez, desde 1974, não aumentarem os salários - quando, em 2008, registaram 110 milhões de euros de lucros.
Na Blaupunkt, em Braga, a greve de ontem, de uma hora, provocou a paragem da produção. Os trabalhadores levaram as suas reivindicações à administração e concentraram-se junto ao portão da fábrica. A administração marcou ontem uma reunião de negociação, para dia 19. Rogério Silva, dirigente da federação, revelou ainda ao Avante! que a Tudor já assumiu o compromisso escrito de aplicar o contrato (CCTV FMEE) e apresentou uma proposta salarial de 2,5 por cento.
Nos serviços externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o STCDE convocou para hoje uma greve, apontando como grande motivo de preocupação e indignação (além do atraso de meio ano na actualização salarial e da avaliação) a intenção de aplicar a estes trabalhadores as leis locais dos países onde estão colocados, e não a legislação portuguesa.
Hoje, das 10 às 16 horas, o SNTSF/CGTP-IN e a CT da EMEF realizam uma concentração de representantes ferroviários, junto ao Ministério do Trabalho, em defesa da contratação colectiva. O sindicato vai também colocar ali problemas semelhantes que ocorrem na Refer e na Fertagus.
Avante - 04.06.09
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
04/06/2009
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