Hoje foi dia de greve no metro de Lisboa mas as greves vão continuar durante toda a semana. Os transportes são o sector mais atingido de Norte a Sul. Na quinta-feira, os funcionários dos CTT partem também para a paralisação.
A semana vai ser difícil para quem usa os transportes públicos. Os trabalhadores reagem aos cortes salariais, em média de 5%. As paralisações vão ser extensas, algumas em horas de ponta, contribuindo para dificuldades no trânsito nos principais centros urbanos.
Quarta-feira, adivinha-se um dia negro, para atravessar o rio nos barcos da Transtejo terá que contar com paralisações três horas por turno ao longo de todo o dia.
A empresa Transtejo, responsável pelas ligações fluviais entre a Margem Sul e Lisboa, informou hoje que podem ocorrer perturbações ou supressões nas suas ligações, no período da hora de ponta da manhã e da tarde na quarta-feira.
A empresa informa ainda que não foram decretados serviços mínimos e que não serão disponibilizados transportes alternativos em nenhuma das ligações, sendo os títulos da Transtejo validos na ligação entre o Barreiro e o Terreiro do Paço, que é da responsabilidade da empresa Soflusa, que também pertence ao grupo Transtejo.
Em terra, os motoristas da Carris recolhem os autocarros a partir das 10 horas, retomam às 14h , depois de reunirem em plenários com os colegas dos outros sectores da empresa.
O mesmo acontece a Norte, a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto paralisa entre as 9h30 e as 14h00, também para realização de plenários.
Quinta-feira é a vez do sector ferróviário. Andar de comboio será uma missão quase impossível. Os maquinistas da CP entre as 5h00 e as 9h00 recusam-se a trabalhar, seguindo-se outras paralisações ao longo do dia.
Para minimizar os danos, o tribunal arbitral decidiu pela circulação de um comboio em cada quatro, em Lisboa e no Porto. A Refer e a Emef-Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, juntam-se aos protestos e param durante todo o periodo de trabalho.
A semana termina com paralisações dos barcos da Soflusa duas horas por turno. E algumas empresas do sector privado associam-se aos protestos. Reinvindicam aumentos salariais, nomeadamente, Rodoviária da Beira Litoral com uma paragem para plenários das 03h00 às 15h00 horas.
Fora dos transportes, conte também com a paralisação dos trabalhadores dos CTT - Correios de Portugal que farão greves parciais na quinta e na sexta-feira.
Os trabalhadores contestam a legalidade da redução salarial e chamam a atenção para o facto das empresas, em causa para além da receita de bilheteiras serem financiadas pelo Estado.
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