Um em cada oito trabalhadores alemães com vínculo precário não ganha o suficiente para sobreviver, vendo-se forçado a recorrer a subsídios do Estado, revelou na segunda-feira, 7, um estudo da Confederação dos Sindicatos Alemães (DGB).
A mesma fonte conclui que o risco de empobrecimento entre os trabalhadores a prazo é quatro a cinco vezes maior do que os trabalhadores com contratos permanentes, notando que o salário dos primeiros é cerca de metade da remuneração média no país.
Assim, enquanto o rendimento médio bruto mensal dos trabalhadores alemães, em 2009, era de 2805 euros, o dos trabalhadores a prazo ficava-se pelos 1456 euros, menos 48,1 por cento, revelou Wilhelm Adamy, perito da central sindical e autor do estudo.
Na Alemanha, 10,5 por cento dos contratados a prazo ganham menos de mil euros brutos por mês, e só 19,1 por cento ganham mais de dois mil euros mensais. Em contrapartida, cerca de 70 por cento dos trabalhadores a tempo inteiro e com contratos fixos têm um salário bruto mensal superior a dois mil euros, de acordo com os dados recolhidos pela DGB.
Segundo Adamy, esta prática de dumping salarial por parte da indústria tem sido estimulada pelas políticas governamentais, designadamente através da legislação Hartz IV, que obriga os beneficiários de subsídios de desemprego e de inserção a aceitar trabalhos temporários mal pagos.
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