Falta de rigor, guerras internas, lideranças ziguezagueantes e critérios arbitrários: esta é a descrição que os auditores fazem do Fundo Monetário Internacional (FMI) nos anos que antecederam a crise financeira, que mergulhou o mundo numa crise económica.
Este relatório foi elaborado pelo Gabinete de Avaliação Independente do FMI - grupo de auditores independentes - e descreve um organismo que, se fosse um governo, seria fortemente criticado pelo próprio FMI, diz o El Mundo.
A maior parte das críticas centra-se num período em que o FMI era comandado pelo espanhol Rodrigo Rato, mas o relatório não se centra especificamente no antigo dirigente, pois foi o próprio a decidir que"a análise do sector financeiro e das vulnerabilidades dos balanços" tinha de ser integrada nos relatórios sobre os países.
O problema era o próprio FMI enquanto instituição claramente disfuncional, com "batalhas pelo controlo de parcelas de poder", principalmente entre departamentos que não trocavam informações entre si, dizem os auditores, exigindo clarificação do papel dos principais dirigentes e o estabelecimento de um"claro marco de transparência".
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