Mais de 20 mil saarauís chegaram, nos últimos dias, a um acampamento de protesto contra a ocupação marroquina, situado a 18 quilómetros da cidade de El Aiun. A afluência popular à iniciativa está a desnortear as autoridades de Marrocos, que pela primeira vez neste género de acção dispararam contra as comitivas de manifestantes que procuravam juntar-se aos compatriotas no campo, refere uma nota publicada no rebelion.org.
Sexta-feira da semana passada, pelo menos 41 pessoas ficaram feridas, e no domingo, um menor saarauí foi abatido e outros cinco foram baleados em consequência dos disparos da polícia marroquina. O hospital para onde foi transportado o corpo encontra-se cercado.
O assassinato do jovem ocorreu um dia depois do enviado especial da ONU ter terminado um périplo pelo território. No final da visita, Christopher Ross garantiu o reinicio das conversações oficiais entre Marrocos e a Frente Polisário, agendadas para 3 e 5 de Novembro, em Nova Iorque.
No acampamento, a situação é grave. O exército impede a entrada de comida, medicamentos e água, e, recentemente, levantou um muro de areia para impedir a entrada de mais saarauís.
As intimidações são permanentes, com voos rasantes de aeronaves sobre as tendas e repressão sobre os acantonados.
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