Há cerca de 225 mil pessoas sem emprego e sem subsídio. Em Setembro, o número de desempregados sem protecção voltou a bater recordes e a taxa de cobertura ficou abaixo de 60%, um valor que já não se registava desde, pelo menos, 2005.
A justificação do valor da taxa de cobertura em Setembro, face a Agosto, diz o Ministério do Trabalho, prende-se com "um crescimento em cadeia do desemprego registado (procura de novo emprego) de 0,48%, assim como pela redução do número de subsidiados em 3,2%". Neste segundo caso, sublinha o Ministério de Helena André, a variação decorre também da retirada dos apoios extraordinários em resultado do PEC II. Recorde-se que em Julho, o Executivo retirou antecipadamente algumas das medidas anti-crise. Uma delas reduzia em três meses o período de contribuições necessário para aceder ao subsídio de desemprego; outra permitia que o subsídio social (atribuído a beneficiários de fracos rendimentos e insuficiente carreira contributiva) fosse pago por mais seis meses.
Em Setembro, avançam os dados ontem publicados pela Segurança Social, existiam 331.092 pessoas a receber um dos quatro tipos de subsídio de desemprego (73% dos quais a receber o apoio principal). Olhando depois para os dados do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) são 555.820 os desempregados inscritos (mais 8% em termos homólogos e mais 1% em cadeia). Contas feitas, 40,4% dos inscritos não tem direito a subsídio (ainda que possa receber outros apoios). Isto no mesmo mês em que a taxa de desemprego se manteve inalterada nos 10,6%, segundo informou ontem o Eurostat.
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