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09/03/2010

Sindicalista não percebe inclusão de seguros da Caixa em plano de privatizações

João Lopes lembrou que os seguros do grupo CGD são «rentáveis» e que estes têm uma «significativa preponderância no mercado».

O presidente do sindicato dos trabalhadores do grupo da Caixa Geral de Depósitos não consegue compreender porque o Governo incluiu no plano de privatizações do Programa de Estabilidade e Crescimento o negócio dos seguros da CGD.

Ouvido pela TSF, João Lopes lamentou que o Executivo está disposto a vender mais um "anel", o que «gera preocupação pelas consequências que isso vai ter nos trabalhadores da área de seguros da Caixa».

«Temos a perfeita noção do que acontece quando os privados tomam conta das situações, tanto em termos de postos de trabalho, como em termos de condições de trabalho», acrescentou este responsável, que lembrou que os seguros são uma área «rentável».

João Lopes recordou ainda que o «grupo Caixa tem nesta área uma significativa preponderância no mercado de seguros e por conseguinte é lamentável que mais uma vez as medidas do Governo se traduzam no empobrecimento do país a curto prazo».

«Estamos a vender os anéis. É mais um anel que vai», adiantou o presidente deste sindicato, que assegurou que vai apresentar grande desagrado junto do Governo por causa destas medidas, muito embora não tenha grandes esperanças de que as coisas vão mudar.

João Lopes diz estar habituado a este tipo de soluções por parte dos governos e acredita mesmo que uma eventual carta de desagrado dirigida ao Governo por causa desta questão nem sequer terá resposta.

O grupo Caixa «começa a ser partido às fatias, esta será a primeira fatia que vai, vamos lá ver as que se seguem e é neste pressuposto que olhamos para isto com grande inquietação. Mas, infelizmente, isto já não nos surpreende», concluiu.

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1514704

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