“Metade dos alunos que são virtualmente chamados de bolseiros a única isenção que têm é não pagarem propinas, dizem-lhes que não pagam propinas, mas também não podem frequentar o ensino superior porque não têm dinheiro para o alojamento e a alimentação”, afirmou Gouveia Monteiro, em declarações à agência Lusa.
Gouveia Monteiro sustenta que “o número de bolseiros tem aumentado, mas nos primeiro e segundo escalões o número dos que recebem apoio mais significativo é hoje residual”, defendendo a necessidade de alterar o actual regulamento das bolsas.
“A própria OCDE reconhece que parte significativa dos jovens portugueses perde a esperança de entrar no ensino superior, por dificuldades económicas”, frisou, na cerimónia, o reitor da Universidade de Coimbra, Fernando Seabra Santos.
O catedrático, que preside ao Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), considerou, em declarações aos jornalistas, que o aumento das verbas previstas para a Acção Social Escolar “é melhor do que nada e menos do que seria necessário”.
“O ministro comprometeu-se com um aumento do orçamento da Acção Social Escolar da ordem dos 20 milhões de euros. O que seria necessário depende do nível de desempenho que pretendemos para os Serviços”, afirmou.
Seabra Santos sublinhou que “não é só nas classes altas que há inteligência”, considerando que “o que faz a diferença entre países ricos e pobres é a capacidade de ir buscar (aproveitar) essa massa cinzenta”.
Referindo-se aos SASUC, o reitor falou de “uma casa única a nível nacional e de um serviço de referência internacional”.
“Os SASUC representam uma empresa que fornece dois milhões de refeições por ano, gere uma rede de 1 300 camas (residências de estudantes), assegura uma creche/infantário para filhos de estudantes e funcionários, consultas médicas de 20 especialidades e cinco mil bolsas de estudo”, disse.
http://www.publico.clix.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/regulamento-das-bolsas-de-estudo-e-disparatado_1416569
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