O custo das comissões cobradas pelos bancos no crédito pessoal tem vindo a aumentar nos últimos cinco anos e em alguns casos representam mais 72%, segundo os cálculos da DECO.
O estudo da DECO, publicado na última edição da revista Dinheiro & Direitos, explica que os valores variam muito consoante os bancos e com o montante e prazo do crédito pessoal e que os aumentos são tão mais elevados quanto maior for o empréstimo.
Em Setembro de 2009, a comissão média cobrada por um empréstimo de 10.000 euros era de 157,56 euros, o que representa um aumento de 72% face a 2004, exemplifica a DECO.
Já para um empréstimo de 5.000 euros, a comissão média foi de 97,73 euros, mais 50% do que há cinco anos.
A associação de defesa dos direitos do consumidor critica ainda a variedade de designações das comissões para dar início a um empréstimo (entrada, abertura, dossiê ou contratação) e pede a uniformização da terminologia "para o consumidor não ser iludido".
O estudo refere também que as comissões periódicas "nem sempre têm fundamento" e pede a sua eliminação nos casos em que o extracto do crédito for enviado por e-mail, o que deve ser feito a pedido dos clientes.
Sete bancos exigem ainda comissões periódicas, em média, de 1,17 euros, mais 8,2% face aos valores de Setembro de 2004, denuncia ainda a DECO.
"Mesmo com taxas de juro mais baixas, as comissões de abertura estão mais caras", conclui o estudo, considerando que "o Banco de Portugal e a Secretaria de Estado da Defesa do Consumidor devem impor a cobrança de uma única comissão de entrada com designação igual para todos os bancos".
http://economico.sapo.pt/noticias/bancos-sobem-comissoes-ate-72-no-credito-pessoal_78085.html
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