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30/11/2009

Lear de Palmela encerra em 2010 e despede 200 trabalhadores

A Lear de Palmela, fabricante de capas para bancos de automóveis, vai encerrar em 2010 e despedir 200 trabalhadores, anunciou hoje o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul. À TSF, Esmeralda Marques, dirigente deste sindicato, adiantou que a reacção dos trabalhadores foi de «surpresa» e «tristeza».

De acordo com um comunicado divulgado no site da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgica, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas (Fequimetal), a administração da Lear Corporation anunciou a decisão aos trabalhadores na sexta-feira, prevendo-se o encerramento total da produção para o início do próximo ano.

A Volkswagen, Citröen e Peugeot são os principais clientes desta fábrica que tinha despedido 39 trabalhadores em Março e que sofreu «instabilidade na produção» devido à saída do trabalho de montagem de bancos para a Autoeuropa.

O Sindicato salienta, no comunicado, que nada fazia prever este desfecho já que a administração informou, no início do Verão, que os problemas «estavam ultrapassados com a entrada de três novos projectos».

O mesmo documento adianta que foi solicitada uma reunião ao ministro da Economia e que está marcadado um plenário dos trabalhadores para quarta-feira.

Esmeralda Marques, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul, confirmou que a administração da Lear comunicou aos trabalhadores, na sexta-feira, que iria encerrar a empresa, muito embora ainda se saiba quando este encerramento vai acontecer.

Em declarações à TSF, esta trabalhadora da Lear adiantou ainda que o fecho da unidade da Lear, em Palmela, deverá acontecer em 2010 e que deverá envolver 200 trabalhadores que actualmente trabalham na empresa.

«Uma notícia destas nunca cai bem e as reacções foram um pouco de surpresa e ao mesmo tempo de tristeza até porque estamos a falar de cerca de 200 trabalhadores. Não é coisa que se ouça e aceite de ânimo leve», explicou.

Esta sindicalista lembrou ainda que a empresa tinha já passado por um processo de despedimento colectivo que envolveu 40 trabalhadoras antes das férias e que depois destas foram atribuídos aos trabalhadores dois novos projectos.

«Isso deu-nos outro alento e fôlego. Julgávamos que estava a ser mais ou menos ultrapassada a situação complicada em que a empresa se encontrava. Foi assim com uma certa surpresa que esta decisão da empresa nos atingiu», acrescentou.

Esmeralda Marques explicou ainda que foi reforçado um pedido de reunião com o Ministéripo da Economia, que já tinha sido pedido aquando do despedimento colectivo, mas que ainda não obteve resposta.

Contactada pela Lusa, fonte da Lear Corporartion remeteu qualquer comentário para quarta-feira porque a fábrica se encontra encerrada hoje, devido à "ponte" que antecede o feriado.

TSF - 30.11.09

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