De acordo com um comunicado divulgado no site da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgica, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas (Fequimetal), a administração da Lear Corporation anunciou a decisão aos trabalhadores na sexta-feira, prevendo-se o encerramento total da produção para o início do próximo ano.
A Volkswagen, Citröen e Peugeot são os principais clientes desta fábrica que tinha despedido 39 trabalhadores em Março e que sofreu «instabilidade na produção» devido à saída do trabalho de montagem de bancos para a Autoeuropa.
O Sindicato salienta, no comunicado, que nada fazia prever este desfecho já que a administração informou, no início do Verão, que os problemas «estavam ultrapassados com a entrada de três novos projectos».
O mesmo documento adianta que foi solicitada uma reunião ao ministro da Economia e que está marcadado um plenário dos trabalhadores para quarta-feira.
Esmeralda Marques, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul, confirmou que a administração da Lear comunicou aos trabalhadores, na sexta-feira, que iria encerrar a empresa, muito embora ainda se saiba quando este encerramento vai acontecer.
Em declarações à TSF, esta trabalhadora da Lear adiantou ainda que o fecho da unidade da Lear, em Palmela, deverá acontecer em 2010 e que deverá envolver 200 trabalhadores que actualmente trabalham na empresa.
«Uma notícia destas nunca cai bem e as reacções foram um pouco de surpresa e ao mesmo tempo de tristeza até porque estamos a falar de cerca de 200 trabalhadores. Não é coisa que se ouça e aceite de ânimo leve», explicou.
Esta sindicalista lembrou ainda que a empresa tinha já passado por um processo de despedimento colectivo que envolveu 40 trabalhadoras antes das férias e que depois destas foram atribuídos aos trabalhadores dois novos projectos.
«Isso deu-nos outro alento e fôlego. Julgávamos que estava a ser mais ou menos ultrapassada a situação complicada em que a empresa se encontrava. Foi assim com uma certa surpresa que esta decisão da empresa nos atingiu», acrescentou.
Esmeralda Marques explicou ainda que foi reforçado um pedido de reunião com o Ministéripo da Economia, que já tinha sido pedido aquando do despedimento colectivo, mas que ainda não obteve resposta.
Contactada pela Lusa, fonte da Lear Corporartion remeteu qualquer comentário para quarta-feira porque a fábrica se encontra encerrada hoje, devido à "ponte" que antecede o feriado.
TSF - 30.11.09













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