Espanha quer que a União Europeia adopte uma postura "comum" relativamente às Honduras, que já está a ser negociada pela presidência sueca, e que vá de encontro à postura de Madrid de "não reconhecer mas não ignorar" as eleições.
Miguel Angel Moratinos, ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, explicou hoje aos jornalistas que essa também é a posição que Espanha defende na XIX cimeira ibero-americana, cujos trabalhos arrancaram hoje no Estoril.
"Desde o início da crise, o Governo espanhol condenou o golpe e pediu a restituição e a retoma da institucionalidade democrática", disse.
"Espanha não reconhece as eleições porque decorreram no marco político de falta de transparência mas não as ignora", disse.
Para Moratinos, o facto de não ignorar o processo que decorreu no domingo "em que só participou parte da população" hondurenha implica reconhecer que "há novos actores", entre eles Profirio Lobo, que se declarou vencedor do sufrágio de domingo.
"Há uma nova realidade expressada por parte da opinião pública, mas temos que perseverar na busca de uma solução política que seja assente numa plataforma de diálogo", afirmou.
"Queremos uma plataforma de diálogo. Há que esperar até que se conclua o processo (associado às eleições). O senhor Lobo terá algo a dizer e será novo actor no diálogo com o presidente Zelaya", disse ainda.
D.N. - 30.11.09
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