Guadalupe Simões diz que, numa altura em que já há falta de profissionais no SNS, os cortes nas horas extraordinárias podem ter consequências na qualidade do serviço prestado aos utentes.
Numa altura em que estão previstos mais cortes, Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), alertou para a «manutenção da não admissão de mais enfermeiros» no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Advertiu também que, para além do «número de horas extraordinárias que já hoje é feito por parte de enfermeiros para colmatar as carências», «muitas instituições» estão a coagir os enfermeiros «no sentido de não exigirem o pagamento dessas horas como extraordinárias».
Estas situações podem pôr em causa «os cuidados de saúde», advertiu Guadalupe Simões.
A sindicalista receia que depois dos cortes anunciados seja também anulada a promessa do Governo de aumentar em Janeiro os enfermeiros que ganham menos de 1200 euros.
«Todas as negociações com o Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado da Administração Pública e responsáveis do Ministério das Finanças vão resultar em nada em função daquilo que são as opções politicas deste Governo», considerou.
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