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07/10/2010

FNE disponível para aderir à greve geral

A Federação Nacional da Educação manifestou-se hoje, quinta-feira, disponível para mobilizar os professores e os trabalhadores não docentes para uma greve geral da função pública e acusou o Governo de "incompetência".
"A greve é a resposta que tem a dimensão adequada para a dimensão daquilo que nos querem impor de forma injusta", afirmou o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, em conferência de imprensa, em Lisboa, após reunião de urgência do secretariado nacional.
As duas centrais sindicais, UGT e CGTP, encontram-se esta quinta-feira para discutir a realização de uma greve geral conjunta, a 24 de Novembro, contra as novas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo.  
Para a FNE, a data da greve não é o mais importante, mas sim "a unidade e a convergência" das organizações sindicais "em relação aos objetivos e ao enquadramento".  
"As organizações sindicais não podem deixar de, em nome dos trabalhadores, terem uma palavra clara de contestação a medidas desequilibradas, injustas e inoportunas. Está-se a escolher o caminho mais fácil que é o de um Governo parecer forte contra os que são mais fracos", acusou.  
Sublinhando a dimensão dos problemas e a "incapacidade e incompetência" do Governo para encontrar respostas ajustadas, a FNE teme que as mais recentes medidas de austeridade ponham em causa a qualidade do ensino.  
"O que é que o Governo agora diz? Vamos reduzir as transferências para as autarquias. Este é um sinal extremamente importante de que pode estar em causa a qualidade da oferta pública de Educação", afirmou o secretário geral da FNE, lembrando que é competência das câmaras municipais os edifícios do 1.º ciclo, a gestão do pessoal não docente e o enriquecimento curricular, por exemplo.  
João Dias da Silva rejeitou ainda que depois do falhanço do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) 1 e do PEC 2 voltem a ser os trabalhadores da administração pública a ver os seus salários e pensões desvalorizados.  
"Este é um ataque sem precedentes aos trabalhadores portugueses", acusou.  

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1680321

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