Com a ameaça de greve, os 184 trabalhadores da empresa de S. João da Madeira querem reivindicar os 50 por cento do salário de Dezembro que ainda não receberam e também os subsídios de Natal, cujo pagamento deveria, legalmente, ter sido feito até ao passado dia 15.
Adelino Nunes, do Sindicato dos Metalúrgicos de Aveiro, afirmou em declarações à agência Lusa que «se a empresa não satisfizer essas reivindicações até sexta, na segunda-feira haverá um plenário às 09:00 e, depois disso, os trabalhadores seguem da fábrica para uma manifestação no tribunal [de S. João da Madeira], onde irá decorrer a assembleia de credores da Oliva».
O dirigente do sindicato acredita, contudo, que os operários da metalúrgica não terão que recorrer a isso e explica: «Não me aparece que a administração da empresa vá querer que os trabalhadores estejam no tribunal segunda-feira a reclamar da situação perante todos os credores».
José Marques, da comissão de trabalhadores da Oliva, reconhece que as medidas anunciadas para segunda-feira «poderão prejudicar muito a decisão dos credores», sobretudo porque «ainda se está à espera de um plano [de viabilização]», mas defende que a ameaça de greve era inevitável.
A Oliva -- Soluções de Fundição S.A. emprega actualmente 184 funcionários, a maioria dos quais foram abrangidos pela suspensão temporária de trabalho que vigorou na empresa entre Maio e Outubro.
Em Setembro a metalúrgica iniciou o seu processo de insolvência e em Outubro via terminado o prazo de recuperação definido pelo Grupo Suberus, que a adquiriu em 2004 a preço especial, na condição de não a encerrar nos cinco anos seguintes.
Esta segunda-feira, a Oliva tem dívidas acumuladas no valor de quase oito milhões de euros. Os seus principais credores são a empresa de químicos Urpol, à qual deve 624 mil euros, e a Segurança Social, com a qual tem em falta 550 mil.
A Lusa tentou ouvir a administração da Oliva, mas nenhum dos administradores estava contactável.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1461691
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