O ministro dos Negócios Estrangeiros frisou que Portugal está a trabalhar «até ao limite» para que os países ibero-americanos tenham uma posição comum relativamente à Honduras, mas admitiu que há posições divergentes que ameaçam uma declaração comum sobre a questão.
Luís Amado recusou dizer qual a posição de Portugal em relação a esta questão, até porque a considerou «secundária em relação ao esforço de convergência», tendo frisado que é preciso «acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos para podermos construir uma declaração de comunidade».
«A presidência tem a preocupação de procurar que haja da parte da Cimeira uma posição sobre a situação política nas Honduras e não especificamente sobre as realização das eleições» no último domingo, acrescentou o chefe da diplomacia portuguesa.
Amado adiantou ainda que Portugal, enquanto presidente desta cimeira, vai «continuar a ouvir as posições dos diferentes Estados-membros, em particular dos Estados vizinhos» e que qualquer declaração a aprovar deve ser «construtiva» e «contribuir para a estabilização política das Honduras».
O chefe da diplomacia portuguesa recordou a existência de «posições divergentes quanto à interpretação da evolução do processo político, do impacto do acto eleitoral» e por isso lembrou que poderia dizer se se chegaria a uma declaração comum sobre a questão «hoje ou amanhã».
Para Luís Amado, não vale a pena estar «numa guerra de trincheiras» para saber quem tem razão relativamente ao acto eleitoral e que o vale a pena é saber se na sequência do acto eleitoral haverá «um desenvolvimento do processo político».
«É preciso que haja uma solução que contribua para um processo de estabilização política nas Honduras, um Estado-membro da Organização Ibero-americana», explicou.
O ministro português entende que a «reponsabilidade que temos é ver se é possível dar um contributo para o desenvolvimento do processo político e diplomático que vise estabilizar as Honduras».
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