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22/09/2009

Desemprego já chega aos 10,5% na região Norte

A taxa de desemprego da região Norte voltou a agravar-se no segundo trimestre, atingindo 10,5 por cento, com a perda de postos de trabalho a penalizar sobretudo a indústria transformadora e os trabalhadores com menor escolaridade.

De acordo com o relatório trimestral "Norte Conjuntura", o emprego na região Norte diminuiu quatro por cento em relação ao trimestre homólogo do ano anterior, uma queda superior à média nacional, que foi de 2,9 por cento.

Face ao primeiro trimestre de 2009, a contracção do emprego da região Norte foi de 1,3 por cento (menos 24 mil empregados).

Segundo o relatório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), a perda do emprego regional afectou apenas os trabalhadores cujo nível de escolaridade completo é o 3º ciclo do ensino básico ou outro inferior, grupo onde se contabilizam menos 98 mil empregados do que há um ano (menos 7,1%).

No segundo trimestre, o número de empregados com o ensino superior cresceu 6,2 por cento e com o ensino secundário 4,3 por cento em relação ao período homólogo.

Por sectores de actividade, o aumento do desemprego na região do Norte continuou a ser proveniente das indústrias transformadoras, que no segundo trimestre contavam com menos 7,7 por cento de empregados (menos 36 mil indivíduos) do que no período homólogo.

O sector primário perdeu, face ao trimestre homólogo do ano passado, cerca de 11 mil empregados, destacando-se ainda a destruição de emprego na saúde e apoio social (menos oito mil), no alojamento e restauração (menos oito mil) e na administração pública, defesa e segurança social (menos sete mil).

Em tendência oposta, o emprego aumentou nos transportes e armazenagem (mais oito mil empregados) e na educação (mais sete mil).

No segundo trimestre de 2009, as exportações do Norte para a União Europeia mantiveram-se em queda, tendo-se registado ténues sinais de recuperação em produtos como a borracha e a cortiça.

Nas indústrias tradicionais do Norte, os principais indicadores de actividade apresentaram variações negativas menos acentuadas do que no trimestre anterior, com excepção dos indicadores de utilização de mão-de-obra, que se agravaram na indústria têxtil e do vestuário.

Entre Abril e Junho, registou-se um agravamento do incumprimento por parte das empresas do Norte, no que se refere aos seus compromissos no âmbito do crédito bancário.

A execução do QREN na Região do Norte voltou a acelerar durante o segundo trimestre, estando, à data de 30 de Junho, aprovados projectos que totalizavam 4572,3 milhões de euros de investimento, o que representa mais 22,6 por cento do que o aprovado até final do 1º trimestre.

Em termos de turismo, o número de hóspedes em estabelecimentos hoteleiros na região do Norte aumentou em 2,6 por cento na média do bimestre Abril/Maio de 2009, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, contrariando a tendência negativa verificada no primeiro trimestre de 2009, o que é explicado pelo forte crescimento ocorrido no mês de Abril.

D.N. - 22.09.09

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