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24/09/2009

Condições de habitabilidade: cerca de 1/3 das crianças portuguesas vive em espaços poluídos

Perto de 3/4 da população Polaca e Húngara com idade entre os 0-17 anos vivia, em 2006, em habitações sobrelotadas. O valor médio deste indicador nos países da OCDE era de 32,0%, o mesmo que em Portugal. Tal como se pode observar no gráfico 1, a porção de crianças/jovens que viviam em habitações sobrelotadas na Holanda não ia além dos 10,0%.
Os gráficos 2, 3 e 4 permitem refinar a análise deste indicador de acordo com grupos etários menos amplos. Em primeiro lugar importa referir que é no grupo etário dos 0-5 anos que se regista uma taxa mais elevada de sobrelotação habitacional. A média deste indicador nos países da OCDE é de 38,0%, enquanto em Portugal atinge os 42,0%. Pelo contrário, a percentagem de crianças portuguesas com idade entre os 6-11 anos e os 12-17 anos que vivem em habitações sobrelotadas é inferior ao verificado em termos médios na OCDE. Polónia, Hungria, Eslováquia e República Checa são os países que apresentam valores mais elevados para este indicador nos gráficos 2, 3 e 4, seguidos pela Grécia e pela Itália.

A Holanda e a Alemanha são os países da OCDE que apresentam as mais altas taxas de crianças a viver em habitações com más condições ambientais. Portugal é o terceiro país mais mal classificado para o grupo etário dos 0-17, 0-5 e dos 12-17 anos. Embora exista alguma variação, cerca de 1/3 das crianças portuguesas que se integram nos grupos etários em causa nos gráficos 5-8 vivem em áreas ruidosas e/ou sujas. Suécia, Islândia, Noruega, Áustria e Irlanda distinguem-se pelos valores relativamente baixos que apresentam para este indicador.

Observatório das Desigualdades

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