O secretário geral da CGTP admitiu hoje que a "chantagem" sobre os empregos e os apertados orçamentos familiares poderão condicionar a adesão de "centenas e centenas de milhares" de trabalhadores, à greve geral, marcada para 24 de Novembro.
Mesmo assim, Carvalho da Silva manifestou-se confiante numa "forte" adesão.
"A adesão vai ser forte, embora sabendo que há centenas e centenas de milhares de pessoas que estão condicionadas pela chantagem sobre o emprego e pelas limitações que já têm nos seus orçamentos. Muitas já estão pelo pescoço e não têm condições nenhumas de fazer sacrifícios", disse Carvalho da Silva.
O dirigente sindical sublinhou que, independentemente da adesão, a greve geral, marcada para 24 de Novembro, já ganhou "a identificação da sociedade com as causas do mundo do trabalho".
"A generalidade das pessoas, incluindo muitos empresários, dizem que é muito importante que se faça a mobilização dos trabalhadores e do povo", referiu, denunciando as "injustiças gritantes" e as "desigualdades" das medidas de austeridade anunciadas pelo Governo para combater o défice.
"Quando vemos que se está a cortar o abono de família aos pobres, a cortar as pensões sociais a quem vive quase na pobreza, a cortar subsídios de desemprego, e por outro lado os detentores do grande capital a não produzirem investimento e a apoderarem-se da riqueza produzida para não pagarem impostos, é evidente que o país começa a perceber que é preciso mudar", afirmou.
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