Lina Ferreira é uma das 18 pessoas que estavam ao serviço da empresa e afirma: “Nunca suspeitámos de nada porque tivemos sempre muito trabalho e até fazíamos horas extraordinárias. Nunca estivemos parados em casa com falta de trabalho”.
Na passada quinta-feira, todos esses funcionários receberam uma mensagem de telemóvel a informá-los de que, a partir de hoje, a empresa estava encerrada e acrescentando que os trabalhadores iriam depois receber a carta para o subsídio de desemprego.
“Ninguém estava a contar com isto”, garante Lina Ferreira, em representação dos colegas. “Estamos aqui à porta da empresa para ver se percebemos o que se passou, porque os patrões não dão a cara para falar connosco, não aparecem nem atendem o telefone”.
Em dívida para com os trabalhadores da Pinhosil está metade do subsídio de Natal de 2009, o subsídio de férias de 2010, o salário de julho e também o de agosto, que termina hoje.
Lina Ferreira adianta que a ideia geral, entre os trabalhadores, é que “o patrão tinha outras dívidas”. “O que a gente ouvia”, explica, “é que ele devia muito dinheiro fora da empresa”.
A mesma operária recorda também que esta não é a primeira empresa encerrada pelos mesmos gerentes: “Esta fábrica abriu há uns quatro anos, mas nós já trabalhámos na Pinho Oliveira. Era do mesmo patrão, só que ele fechou-a e abriu esta”.
Quanto aos actuais bens da Pinhosil, Lina Ferreira informa que “as Finanças já disseram que vão selar as máquinas todas da fábrica”.
A Lusa tentou contactar Manuel Pinho Silva, proprietário da Pinhosil, mas esse nunca atendeu o telefone.
http://www.destak.pt/artigo/73633-pinhosil-despede-funcionarios-por-sms
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