Salários, emprego, reformas e condições de trabalho estão na base da jornada de greve, na sequência de várias semanas de lutas sociais nos setores da educação, saúde, transportes e justiça, revelando uma crispação social crescente de largas franjas da função pública e dos assalariados do setor privado em França.
Os efeitos da jornada de greve nacional começaram a fazer-se sentir na noite de segunda feira, com perturbações no tráfego ferroviário na rede da SNCF a partir das 20:00 (19:00 em Lisboa) e que deverão prolongar-se até às 08:00 de quarta feira.
O tráfego será normal para as linhas internacionais de grande velocidade de ligação com Alemanha, Itália, Bélgica e Reino Unido ((Eurostar, Thalys, Lyria, Aleo), mas "quase nulo" para a região Paris-Leste.
Na região parisiense, a RATP prevê uma "perturbação ligeira" nas linhas de metro e autocarro, com cerca de um terço das composições canceladas pela greve.
Infantários, escolas, colégios e liceus, incluindo o ensino privado, universidades e centros de investigação estão abrangidos pelas greves anunciadas por vários sindicatos do setor.
Também os marinheiros de duas companhias de navegação estarão hoje em greve, em protesto contra o surgimento de um novo concorrente na rota da Córsega.
A jornada de greves e manifestações, dois dias depois da segunda volta das eleições regionais, é vista pela generalidade dos analistas na imprensa francesa como um teste à maioria de direita e ao presidente da República, Nicolas Sarkozy.
Na sequência da derrota histórica nas regionais, a presidência francesa anunciou na segunda feira uma remodelação governamental.
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